
Setembro Vermelho: um alerta para o coração
Setembro também é o mês de lembrar do seu coração. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, as doenças cardíacas são a principal causa de morte no Brasil, somando 1.100 mortes por dia, 46 por hora e 1 a cada 90 segundos. Além disso, as doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte do mundo.
A campanha Setembro Vermelho existe para divulgar informações importantes sobre problemas cardíacos e alertar a população sobre a importância de adotar hábitos saudáveis para prevenir as doenças do coração. O acompanhamento médico periódico é essencial para controlar a pressão arterial, níveis de glicose e colesterol. Praticar atividades físicas, manter uma alimentação saudável, controlar níveis de estresse e abandonar o hábito de fumar são atitudes preventivas de vital importância para evitar doenças cardiovasculares.
Pesquisas realizadas em países desenvolvidos apontam uma melhoria de 50% a 60% na mortalidade resultante da doença cardíaca coronariana nas últimas décadas, porcentagem essa atribuída aos métodos básicos de prevenção. Um estilo de vida saudável é a maior prova de amor que você pode dar para si mesmo, e multiplicar este conhecimento pode salvar muitas vidas.
Fatores de risco
A idade, hereditariedade e gênero (sexo) são fatores de risco não-modificáveis. Entretanto, a maioria dos fatores de risco são modificáveis e decorrentes de más escolhas. O controle dos fatores que colaboram para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares diminui muito as chances de ocorrência de problemas, mesmo nos casos com predisposição genética ou comorbidades.
Hipertensão arterial
A pressão alta é o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares. Silenciosa, ela só provoca sintomas quando aumenta forma abrupta. A hipertensão pode ser controlada com hábitos saudáveis e consumo moderado de sal. Em alguns casos, o cardiologista avalia as condições clínicas do paciente e indica medicamentos que mantenham a pressão arterial dentro da normalidade (12×8).
Colesterol alto
Uma alimentação rica em gordura animal e saturada eleva os níveis de colesterol ruim (LDL) no sangue e se torna um dos principais fatores de risco para problemas cardiovasculares, aterosclerose (uma das causas do infarto) e acidente vascular cerebral (AVC), segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Estresse
Manter uma tensão constante libera altos níveis de hormônios como adrenalina e cortisol, que provocam instabilidade no organismo: aumentam a respiração, frequência cardíaca e pressão arterial. O organismo reconhece esse efeito como uma intoxicação e provoca o infarto.
Sedentarismo
54% das mortes por infartos são resultantes do sedentarismo somado a uma alimentação desregrada. Exercícios como caminhadas, pedaladas ou corridas ajudam a baixar os níveis de colesterol e a melhorar as condições respiratórias.
Tabagismo
O cigarro aumenta em até duas vezes o risco de ataque cardíaco e em até quatro vezes o risco de morte súbita. O tabagismo aumenta a frequência dos batimentos do coração e forma pontos de gordura. Os fumantes sofrem alteração na pressão sanguínea, o que pode causar um acidente vascular cerebral.
Diabetes
Um homem diabético tem 40% mais chance de sofrer um infarto do que um homem que não tem diabetes. As mulheres têm um número ainda maior, podendo chegar a 50%. A diabetes é conhecida por elevar o nível de açúcar no sangue e necessita de controle.
Drogas e alcoolismo
A combinação desses fatores, que já são considerados ruins sozinhos, aumenta os riscos de aceleramento do coração. Pode causar arritmia, parada cardíaca ou morte súbita.
Você pode mudar seus hábitos e cuidar melhor do seu coração. Faça a sua parte e cuide de você: use os alimentos a favor da sua saúde, realize exames preventivos e consulte sempre um médico.