Vacinas Brasileiras: promessas nacionais contra a Covid-19

A população não ve a hora de ter sua maioria vacinada para diminuir exponencialmente o número de mortes causadas pela Covid-19 e decretar o final da pandemia. Na esperança de que seja possível acelerar o processo e gerar anticorpos ainda mais resistentes, os pesquisadores brasileiros estão desenvolvendo novas vacinas. Confira que estão em maior evidência:

Butanvac (Instituto Butantan)

Uma vez que já realizou os testes de laboratório, a Butanvac já está preparada para iniciar a fases do teste clínico, uma que verifica se o imunizante é seguro (fase 1), e outra que avalia as respostas do sistema imunológico (fase 2). O instituto já solicitou a autorização para a Anvisa no final de abril e aguarda um parecer para avançar esta etapa que pode durar até 20 semanas.

Esta vacina utiliza um vírus que causa a gripe aviária, sendo inofensivo para o ser humano, modificando o mesmo para conter a proteína Spike (ou proteína S), que está presente no novo coronavírus. Quando injetado no organismo, este vírus estimula o nosso sistema imunológico a produzir os anticorpos que servirão para nos proteger contra a Covid-19.

Iniciada em 2020, a vacina é desenvolvida em parceria encabeçada pelo Butantan, e conta com apoio do Instituto de Vacinas e Biologia Médica Vietnamita e a Organização Farmacêutica Governamental da Tailândia.

 

Versamune (USP)

As universidades entraram na corrida pela vacina própria. A Versamune, que é desenvolvida pela Faculdade de Medicina da USP, em Ribeirão Preto, em parceria com a startup Farmacore e a norte-americana PDS Biotechnology, contém uma réplica de um pedaço específico da proteína S que é capaz de estimular as células T do nosso corpo, que são as responsáveis pela resposta antiviral.

Anunciada pelo presidente da república e pelo ministro da ciência, tecnologia, inovações e comunicação, a Versamune está aguardando um parecer da Anvisa para iniciar as fases 1 e 2 após enviar mais dados sobre o imunizante ao órgão, após solicitação.

 

 E tem mais vindo por aí...

Só a UFMG está desenvolvendo sete vacinas diferentes em seu campus, sendo duas pelo Instituto de Ciências Biológicas e cinco pelo CT-Vacinas, contando com a parceria com Instituto René Rachou, da Fiocruz-MG.

A UFPR começou a desenvolver um imunizante no ano passado e está na fase de testes de laboratório atualmente, e os resultados são promissores.

Já a UFRJ, por meio do Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares (LECC), do seu Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia, tem desenvolvido um imunizante recombinante, que consegue a proteína para formar o componente ativo da vacina por meio de engenharia genética.