A Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência – de 1 a 8 de fevereiro, data instituída pela Lei nº 13.798/2019, tem o objetivo de disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência de gestações dos 10 aos 20 anos incompletos. Com dados do DataSUS/Sinasc, a Agência Brasil reporta a ocorrência de 1.150 nascimentos de filhos de adolescentes por dia no Brasil.

 

 

  • A gravidez na adolescência é um problema de saúde pública que se relaciona a contextos sociocultural, econômico e político;
  • Toda adolescente tem direito de acesso a condições dignas de vida, educação, segurança, saúde, habitação e alimentação adequadas;
  • A conjunção carnal com menores de 14 (catorze) anos é considerada, pelo Código Penal, estupro de vulnerável;
  • Este tema é de responsabilidade coletiva: família, escola, sociedade, órgãos e instituições devem se unir;
  • O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza nove métodos contraceptivos gratuitamente.

 

A primeira gestação não programada pode iniciar uma série de consequências que impedem o crescimento das adolescentes, enquanto ainda enfrentam o desafio de criar um filho sem suporte material e emocional adequado. Podem sofrer rejeição, violência, abandono dos estudos, entrada prematura no mercado, tentativas de aborto e de sofrer outras repercussões socioemocionais; além de complicações gestacionais e no parto, meninas nesta idade sofrem maior risco de eclâmpsia, endometrite puerperal, infecções sistêmicas e prematuridade (OMS).

A discussão sobre sexualidade e seus riscos é de extrema importância no ambiente familiar, a fim de tratar o tema abertamente, garantir e facilitar o acesso as informações sobre sexo seguro, além de comunicar apoio ao adolescente. A educação deve ser voltada a expandir a compreensão sobre o respeito pelo outro, a igualdade e equidade de gênero, bem como a proteção da gravidez inoportuna, prevenção à IST/HIV e defesa contra a violência e abusos sexuais.

 

TIPO DE PROTEÇÃO

MÉTODO

TIPO DE PROTEÇÃO

MÉTODO

Camisinha Masculina: 

Evita a gravidez e transmissão de IST.

Anel de borracha, recoberto de látex, utilizado pelo parceiro para evitar a ejaculação na vagina. É uma barreira e, após o uso, deve ser descartada.

Pílula do Dia Seguinte:

Evita a gravidez.

Método químico que consiste em uma ou duas pílulas a serem tomadas no máximo até cinco dias após uma relação sexual desprotegida.

Camisinha Feminina:

Evita a gravidez e transmissão de IST.

Espécie de “saquinho” com anel, colocado na vagina, evitando o contato com o esperma na ejaculação. É uma barreira e, após o uso, deve ser descartada.

Adesivo Hormonal:

Evita a gravidez.

Método químico que consiste em um adesivo de pele que libera doses diárias de hormônios para evitar a ovulação. É trocado semanalmente e o seu uso é sob recomendação médica.

Diafragma:

Evita a gravidez.

Parecido com uma capa com aro flexível, é colocado no fundo da vagina, cobrindo o colo do útero, antes ou no ato da relação sexual. Depois de oito horas da relação, pode ser retirado, lavado e utilizado novamente. É uma barreira física.

Implante Subcutâneo:

Evita a gravidez.

Espécie de mini-tubo de plástico com hormônio – portanto, é um método químico -, com uso indicado pelo médico. Ele é colocado embaixo da pele e libera diariamente hormônio que evita a ovulação.
Pílula Anticoncepcional: Evita a gravidez. Método químico que evita a ovulação. A dosagem do hormônio pode variar entre baixa, média e alta, conforme orientação médica.

Dispositivo Intra-Uterino (DIU):

Evita a gravidez.

Pequena peça de plástico, com haste de cobre, que o médico ginecologista coloca dentro do útero. O objetivo é fazer com que se evite o deslocamento dos espermatozoides até o óvulo. Este é um método que exige o acompanhamento periódico do seu médico.

Hormônio Injetável:

Evita a gravidez.

Método químico usado sob recomendação médica, hormônios são injetados mensalmente ou trimestralmente para evitar a ovulação.

Endoceptivos:

Evita a gravidez.

Parecido com o DIU, mas contem hormônio sintético. É uma pequena peça que o médico coloca no útero e que vai liberar hormônios diariamente para evitar a ovulação. Também precisa de acompanhamento médico periódico.

Anel Vaginal:

Evita a gravidez.

Aro de plástico com hormônios liberados diariamente para impedir a ovulação, portanto, é um método químico. A cada 21 dias deve ser retirado, para que menstrue. Recolocado ao término da menstruação.

Espermecidas:

Evita a gravidez.

Substância química que pode ser colocada na vagina, até duas horas antes do ato sexual, para matar os espermatozoides. 

Fonte: Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo

 

Disponível no SUS: anticoncepcional injetável mensal; anticoncepcional injetável trimestral; minipílula; pílula combinada; diafragma; pílula anticoncepcional de emergência (ou pílula do dia seguinte); Dispositivo Intrauterino (DIU); preservativo feminino e preservativo masculino.